Um soneto para Messias
Ubiratan Lemos
O que de Deus recebeu autoridade
Aos bequianos lhes furtar as garantias
Denunciar do poeta a veleidade
E do boêmio manguear-lhe as coxias
Cuspe na cara recebeu em tenra idade
Ninguém foi solidário em seus bons dias
Abandono, bacilo e enfermidade
Causou-lhe a morte entre as duas confrarias
Cumpriu o redentor o seu papel
Denunciou a hipocrisia com a morte
Não perdoou sequer papai noel
Já moribundo acudiu-lhe o incréu
Mas ao Messias foi negada a sorte
De ter um rosto amigo ao mausoléu
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