24 de junho de 2006

País de Lampião

Foto: Alexandro Gurgel
O ator Dionísio do Apodi interpretando Lampião, no espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró.

Chuva de bala no país de Lampião

No espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró fica evidenciado que Lampião é o grande protagonista do show. Os resistentes, Padre Motta e o prefeito Rodolfo Fernandes ficam como coadjuvantes. “O que seria de Mossoró se Lampião não tivesse passado por aqui”, confessou o diretor da peça, João Marcelino, à esse escrevinhador.

O título desse comentário causou um rebuliço danado entre alguns intelectuais mossoroenses que defendem a idéia que os “resistentes” (bravos mossoroenses que lutaram contra Lampião e seu bando de cangaceiros) são mais importantes, na trama teatral, do que o próprio Lampião e seu bando.

Quem assistiu ao espetáculo, pode perceber que a dramaturgia é muito mais intensa quando os cangaceiros estão no palco. O que “salva” o mérito dos resistentes são as atuações de Marcos Leonardo, interpretando o prefeito Rodolfo Fernandes, e de Carlos José, mostrando seu talento como Padre Motta. No final do Chuva de Bala no País de Mossoró, os atores que interpretam os cangaceiros são os últimos que agradecem os aplausos ovacionados, mostrando a importância do bando na peça.

Veja notas publicadas no jornal O Mossoroense.

ENCANTO
O editor do jornal Voz de Natal, Alexandro Gurgel, que vez por outra escreve matérias especiais para O Mossoroense ficou encantado com a nova versão do espetáculo Chuva de Bala. Ele, que também é fotógrafo dos bons, tem distribuído pela Internet fotos belíssimas tiradas durante o evento no adro da Igreja de São Vicente. Quem quiser vê-las deve entrar em contato com ele através do e-mail alexgurgel@interjato.com.br.

CARÃO
Mas, Alexandro andou levando uma puxada de orelha do imortal escritor Elder Heronides, que não concordou de jeito nenhum quando em algum lugar o intrépido jornalista escreveu que “Mossoró era terra de Lampião”. Elder queixa-se de que muita gente associa Lampião a Mossoró de forma distorcida, quando deveriam reverenciar muito mais a memória dos resistentes.

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