16 de agosto de 2006

Poucos Hai-Kais para o Beco e sua Alma

Lívio Liveira
(Natal RN)

I
Beco virtual?
Sonhei que era sincero
meu cartão postal.

II
Peço teu copo.
Vi teu batom pintado,
boca que toco.

III
Se bebes ao mar,
tens o rio esperando
só pra te afogar.

IV
Publicas livros.
Para ler só tem quatro:
os mais precisos.

V
O Beco solto.
Lá! Vê naquela mesa?
Mora um louco.

VI
És só famosa.
Se não há quem o prove,
foi tudo prosa.

VII
Mais um amigo
mergulha nas duas luas
de teu umbigo.

VIII
Posso penetrar?
Já não é libertário
esse teu lugar?

IX
Sinto exagero.
Não é dessa mocinha
esse mal cheiro.

X
Em muito assuntas.
Mas eu quero perguntar:
já és defunta?

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