12 de setembro de 2006

Desafio poético invocado

a panturrilha. o calcanhar. o joelho. a coxa. o cotovelo. as mãos.

Antoniel Campos

pudesse, lamber-lhe-ia a panturrilha.
e o calcanhar. e o joelho. e a coxa. e o cotovelo. e as mãos.
pudesse.
mas não posso.
sim eu posso.
então lambo-lhe a panturrilha, o calcanhar. o joelho. a coxa. o cotovelo. as mãos.
mas,...
tens a panturrilha mais disputada.
antanho, quero-a no cheiro na ibéria.
sei dela perto; quero-a próxima.
dizer-lhe versos.
cantar-lhe e, ao mesmo tempo, sorver: a panturrilha, o calcanhar. o joelho. a coxa. o cotovelo. as mãos.


*-*-*-*-*-*-*-

Para o grande bardo, capitão-tenente das madrugadas, Antoniel Campos - invicto campeador de palhetadas, inspirador das balzaqueanas desamparadas (êpa):

Laélio Ferreira

Meto a boca, chupo, lambo
Calcanhar, boceta e coxa


Tremo as pernas, fico bambo,
Vou no rumo da “ibéria”...
Vou sorvendo a bactéria
- meto a boca, chupo, lambo !
Na panturrilha, o molambo
Da língua - ficando roxa ! –
Parte no rumo da chocha
Locupleta de pentelho
- passeou, já, por joelho,
calcanhar, boceta e coxa !


Devo a mão e o cotovelo
Na tal chupada, meu bardo !


Foi por pressa e atropelo
Que falhei - fui infiel !
Esqueci, Antoniel:
- Devo a mão e o cotovelo !
Boca cheia de cabelo,
A língua dando retardo,
Vacilei, tornei-me tardo
E ao demorar na boceta
Perdi o rumo – caceta! –
Na tal chupada, meu bardo !


*-*-*-*-*-*-*-

METO A BOCA, CHUPO, LAMBO!
CAICANHÁ, BUCÊTA E CÔXA!


Bob Motta

1. Prá essas coisa, eu tenho istambo;
num tem essa de ingúio.
Topo tudo, tenho orgúio,
METO A BOCA, CHUPO, LAMBO!
Num arrespeito nem o Rambo,
seja ela, arrochada ô frôxa.
Ais zurêia fica rôcha,
no entre perna imprensado,
e eu chupo, realizado,
CAICANHÁ, BUCÊTA E CÔXA...

2. Nuis incêndio do amô,
faço amô de quaiqué jeito,
sem veigonha ô preconceito,
eu lhe juro, seu dotô.
Da muié, quero calô,
prá agazaiá minha trôxa.
Se a chibata tivé chôcha,
seja in mansão ô mucambo,
METO A BÔCA, CHUPO, LAMBO!
CAICANHÁ, BUCÊTA E CÔXA...

Nenhum comentário: