13 de outubro de 2006

Continuísmo?

Foto: Alexandro Gurgel
Civone Medeiros, vice-presidente da Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências (SAMBA)

Por Plínio Sanderson

O hit samba do crioulo doido teima em tocar nas veredas bequianas.

As maiores críticas feitas à antiga administração era a postura “tirana” do presidente bobo da corte cedoquiano. Entretanto, ninguém aparecia nas reuniões marcadas para se habilitar a ajudar ou mesmo opinar sobre deliberações.

Assim como o show não pode parar o barco tinha que navegar na límpida lama...

No presente, comprovamos uma pífia administração “beco vivo”. Duas reuniões que caracterizaram o “enguetamento” do antro. Desde a primeira reunião, decidimos (eu e dunga) não participar, ou seria não se intrometer, deixando que as novas personas implementassem o trabalho qual se propuseram.

Agora quando se aproxima a realização do III festival gastronômico do becoo que denotamos é a falta de habilidade da gestão em encaminhar os trabalhos.

Alguns fatos devem ser trazidos à tona:

Na primeira reunião da segunda administração estavam presentes: Dunga, Bira, Paulo Augusto (veio dizer que não vinha), Plínio, Albérico (e transeuntes e pitaqueiros em geral) instigado pelo presidente que abriu a reunião inaugural e jogou a peteca para este escriba memorializado, que imbuído nas prerrogativas de diretor cultural apresentou proposta de calendário de eventos (qual ainda tenho o rascunho) e posteriormente teceu as proposta que seguem:


A SAMBA – Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências –, em sua segunda versão, vislumbra essencialmente: consolidar o BECO em ESPAÇO DE AMBIÊNCIA CULTURAL, revelando nas suas entranhas a tradição boêmia; e ainda, LEGITIMAR A INSTITUIÇÃO (SAMBA), buscando PARCERIAS com os setores privadas e públicos, comércios, entidades representativas e órgãos oficiais.

No intuito de efetivar os objetivos, realizaremos eventos espacializando e territorializando na labuta de fazer tradição. O calendário consiste na produção de eventos a cada final de mês: “Lavagem do Beco”,” Pixar o Beco”, “Recital Capitólico”, Histórico e Geográfico”, “Dia dos Finados”, e fechando o ano, “Lançamento performático de Antologia Etílico-Literária”.

PROJETOS & DESAFIOS

O Projeto em sua uma vertente Institucional, possui o diferencial em associar o nome do BECO a uma ação de cunho cultural, desencadeando atividades sócio-educativas e/ou eventos para o público potiguar como instrumento de legimitar a SAMBA e reverenciar o espaço lúdico.

A estratégia comunicacional por atitude, visa como feedback, evidenciar a imagem boêmia e/ou festiva do BECO, mediante o grande potencial de retorno de marketing e de mídia espontânea.

Traduzindo-se numa agregação de valores humanos e imagem simbólica positiva do BECO no cerne da sociedade, respondendo aos anseios de transformar o centro da cidade em corredor cultural.

A ação nas áreas de patrimônio arquitetônico, urbanístico e humanidades, atuam na valorização da identidade; prestigia suas expressões e suas personagens expoentes; eleva seu imaginário; experimenta as múltiplas possibilidades de associação produtiva e sustentável entre arte, educação e cultura.

“SAMBA” é exercício pragmático, despertando o interesse do resto da cidade ao centro antigo, numa prática ou imbricamento artístico e memorial. Acreditando na essência da arte como uma prática cidadã, na eminente perspectiva de transformação política e identidade cultural.

PROGRAMAÇÃO

“LAVAGEM DO BECO” - (sábado dia 30 de agosto)
Ato simbólico já tradicional, onde o espaço será lavado com água mineral, purificando lama/alma com benção ecumênica cultural de umbandistas, padres, budistas e pastores, lança cheiro, performances artísticas, shows musicais, instalações, esquetes teatrais, recitais poéticos e milacrias mis..!

“PIXAR O BECO” e “FESTIVAL GASTRONÔMICO” (setembro)
Evento em sua Segunda versão, sob o comando do artista Pedro Pereira, será distribuído o piso para artistas (convidados e presentes), deixarem sua arte tatuada no “chão de profundezas infinitas”. Também realizar-se-á o “Iª Festival Gastronômico do Beco”, com os botecos mostrando seus pratos tradicionais. A artista Civone realizará seu performance “Pão & Poesia”.

“CHÁ CAPITÓLICO, HISTÓRICO E GEOGRÁFICO” (outubro)
Inauguração Poética do espaço capitólico do Instituto Histórico e Geográfico, Largo Vicente de Lemos. Na ocasião, haverá uma feira cultural (sebos e antiguidades) e sarau poético enfocando nuances da História e Geografia, exercitando a memória e a identidade cultural da capital do estado.

“DIA DOS FINADOS” e “CALÇADA DA LAMA” (02 de novembro)
Celebração em memória das personagens cativas do BECO, inauguração do mural frontispício, abertura do espaço da “Calçada da fama”, sendo afixados a cada mês uma persona em destaque, com mostra de fotos, exposição do autor Potiguar, poemas/cartazes, cenário com instalação temática.

“FIM-DE-ANO” (dezembro)
Evento para fechar o ano e prestação de contas, resultado da “Maratona Fotográfica” com mostra e premiação, lançamento da “Antologia Etílico-Literária” da SAMBA, grande show artístico.

E ainda, para acabar com as dúvidas de quem idealizou o evento de babete....

Na reunião mais concorrida da SAMBA, que tratava do evento do dia dos finados (proposto pelo prof. Bira) estava presente entre outras pessoas a Civone e quem sugeriu realizar concomitantemente “para abrilhantar a festa” o Festival gastronômico foi Euzinho, a festa batizada de “vem até quem já morreu” e a MARCA FANTASIA para o festival ficou a sugestão da Civone, PRATODOMUNDO.

Lembro inclusive, que minha sugestão era de fazer contato com os donos de botecossugerindo aos mesmos oferecerem petiscos em recipientes (e preços) menoreso que propiciaria grande parcela dos brincantes experimentarem a maior parte dos “tapas” e os bares venderiam também mais. A tarefa (não cumprida) coube a Bira e Civone. Nos dois eventos realizados a idéia não foi posta em prática.

Na feira de sebos ouvimos críticas da, conforme Pimenta, Senhora Civone, que questionava os números do projeto confeccionado por Dorilima. No fundo uma pendenga por grana, “que ergue e destrói coisas...”. É bom lembrar que uma coisa é aprovar projetos em leis de incentivos outra, é captar a grana.

Portanto, sobre a competência da atual gestão em realizar a contento a terceira versão os fatos são claros, os parceiros da Samba (vide Agência SEBRAE) estavam receosos na pragmatização do evento por parte da SAMBA e convidou o Dunga para dar uma mãozinha, ou seria credibilidade à organização?

Na quarta-feira, dia do I festival de coquetéis resvalei no em Nazaré de bike e ouvi Dunga e Civone atribuírem o sucesso do evento não a SAMBA mas à ADJACÊNCIA!

CONTINUISMO?

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