9 de outubro de 2006

Um poema de Gilmar Leite

Foto: Alexandro Gurgel
"O espinho é o vigia
Da inocência da flor"


Gilmar Leite
(Natal RN)


A flor com doce candura
Representa a singeleza
Onde a mão da natureza
Lhe defende com bravura
Ela mostra a forma pura
Tendo ao lado um protetor
Pra vencer o agressor
Na defesa da magia
"O espinho é o vigia
Da inocência da flor".

O espinho de prontidão
Protege a sua criança
Que de leve se balança
Como um mundo de ilusão
Deus lhe pôs um coração
Onde habita o puro amor
Que mostra todo esplendor
Quando a essência extasia
"O espinho é o vigia.
Da inocência da flor".

Suas pétalas delicadas
Precisam da proteção
Do aguçado guardião
Com as pontas afiadas.
As formas sofisticadas
Seduzem o invasor
Que logo sente uma dor
Através duma sangria
" O espinho é o vigia
Da inocência da flor".


Só quem pode invadir
A sua pura inocência
E tirar a doce essência
É um sutil colibri.
O seu beijo faz fluir
A grandeza do amor
Fazendo o seu protetor
Render-se a tal fantasia
"O espinho é o vigia
Da inocência da flor".

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