25 de abril de 2008

Um poema de Iara Carvalho

Amanh(essências)
in Mulher na Janela
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ao acordar dos sinos
pessoas passam incógnitas
sombras da noite deixam a praça trist
eo velho cansado
a criança dormindo
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a cidade deixa sobras do antigo
na poeira de suas grandes estátuas
de seus pequenos homens
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ao acordar dos sinos
as almas ingilhadas dos casais
procuram a mística ciência do amor
e descobrem na tarde desmaiada
uma competência para dálias e paixões
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(o dia vai se fechando entre badaladas e cotovelos)
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ao adormecer dos sinoso
s casais esquecem de apagar as luzes
e as amanh(essências) das carícias
se libertam se ator(doam)
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no quarto, uma butija
um trinco quebrado
um torno sem roupa
-
um sino tocando.

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