18 de junho de 2008

Artistas comemoram 88 anos da Feira do Alecrim

Foto: Lenilton Lima

Damião Rabequeiro e Mestre Elpidio vão puxar o cortejo do Boi Calemba.
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A Feira do Alecrim é uma das mais tracionais feiras livres natalense. Todos os sábados, centenas de pessoas, provenientes de todas as regiões da cidade, vêm ao Alecrim em busca de produtos mais baratos, oferecidos por um grande fluxo de feirantes e comerciantes.
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No próximo dia 20 de junho, a Feira do Alecrim celebra seu 88º aniversário e a data não vai passar em branco. Uma série de eventos está sendo realizadas pelos 26 grupos de artistas que fazem parte da República das Artes, colocando em prática o projeto “Arte no Grito”.
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O projeto "Arte no grito" tem como objetivo resgatar e valorizar o lado cultural das feiras livres como era habitual em décadas passadas. No último sábado, os artistas iniciaram as festividades com um cortejo saindo da sede da República das Artes, na Avenida Um, às 8h e as intervenções artísticas ficaram por conta do grupo Pára-choque.
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Todos os sábados, a República das Artes promoverá um cortejo em direção à Feira do Alecrim, com direito a rabequeiros, cordelistas e violeiros. Chegando à feira, haverá intervenção com literatura de cordel, esquetes teatrais e números musicais. Além das apresentações culturais, estão previstas ações de alertas nas áreas de higienização, conscientização ambiental e valorização da cidadania.
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Mas, as intervenções não devem ficar limitadas ao mês de aniversário da feira. A idéia dos artistas é instituir uma programação cultural permanente no local. Conforme o fotógrafo Lenilton Lima, representante da República das Artes, as manifestação não devem ficar limitadas ao mês de aniversário da feira. “A idéia é instituir uma programação permanente no local”, disse Lenilton.
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Segundo Lenilton Lima, os grupos estão redigindo uma proposta de revitalização da Feira do Alecrim e querem apresentar aos órgãos públicos competentes. “Queremos mudar a cara atual da feira, transformá-la novamente em uma opção para o público e para o turista”, ressalta.
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No dia 19, véspera do aniversário da Feira do Alecrim, os artistas farão uma programação especial em frente à sede da República das Artes, com café-da-manhã aberto ao público, apresentações culturais gratuitas e feira de artesanato.
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Cordelista conta história da feira
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“Amigo vou lhe dizer /ouvinte vou te contar. /Se arrume pois sábado /vamos juntos passear, /e na feira do Alecrim /maravilhas vou te mostrar”. Com esses versos o poeta cordelista Elinaldo Gomes, o “Boquinha de Mel”, inicia a história da feira do Alecrim contada em um dos seus cordéis intitulado “A feira do Alecrim homenageia seus heróis”.
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Conforme o poeta, o paraibano José Francisco dos Santos possuía uma mercearia e na ocasião conheceu o vendedor da região, João Ferreira e os amigos Balbino Marques e João Estevam de Andrade, que fundaram a feira no dia 20 de junho de 1920.
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A idéia era que a feira do Alecrim funcionasse no domingo, mas o governo não aceitou e o dia escolhido foi o sábado. Na época, não se pagava imposto na feira, mas depois de 1930 a Prefeitura começou as cobranças.
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Luís da Câmara Cascudo apresentou José Francisco como o idealizador da feira no dia 23 de março de 1957 e no ano seguinte, no dia 12 de junho a Câmara Municipal de Natal aprovou a Lei para o funcionamento da feira e uma placa de bronze foi fixada na rua Nove.
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Hoje, a tradicional feira do Alecrim possui 515 metros de cobertura (tendas), banheiros, lixeiras e placas de identificação de produtos que estão separados por tipo de produtos e mercadorias diversas.

Um comentário:

Anônimo disse...

adorei esse conteudo, d+... me ajudou muito a fazer um trabalho da escola.