20 de junho de 2008

Potencial turístico acariense

Durante milhões de anos, a natureza espremeu os serrotes formando uma garganta afunilada num estreito vale, onde desemboca o Rio Acauã. A mão do homem represou o rio e formou a enorme barragem Marechal Dutra, mais conhecido como Açude Gargalheiras, um dos principais pontos turísticos dos roteiros turísticos que levam ao Seridó e um dos mais belos cartões postais do Rio Grande do Norte.
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Com capacidade para armazenar 40 milhões de metros cúbicos d’água, o Açude Gargalheiras é o mais tradicional açude do Estado, atraindo milhares de turistas para Acari que desejam apreciar o espetáculo da queda d’água na parede do açude quando está sangrando. Com suas águas limpas, a barragem ainda oferece banhos sem fim em águas mansas, além de peixe e camarão para uma degustação sem pressa enquanto se delicia com a paisagem única.
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Com 654 metros de altura, A Serra Bico da Arara atrai turistas aventureiros para observar a revoada de milhares de andorinhas migratórias vindas da África, de março a setembro de cada ano. Outros pontos turísticos, como as serras do Pai Pedro e da Lagoa Seca, também fazem parte do roteiro, assim como as formações rochosas naturais que brincam com a imaginação do visitante, como as pedras da Santa, do Avião e do Sapateiro. No Poço do Arthur, são encontradas inscrições rupestres de tradição Agreste, datadas de dez mil anos.
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A cidade ainda oferece um importante acervo religioso e arquitetônico do do início do século XVIII a ser visitado. Nessa época, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi erguida com característica barroca, uma preciosidade religiosa e a primeira a ser edificada na região. Batizada de Nossa Senhora dos Pretos do Rosário, uma de suas principais características é o retábulo todo em fios dourados, com florais, cestarias e curvas.
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Complementando o sítio religioso está a Matriz de Nossa Senhora da Guia, que é uma das maiores do Estado e que apresenta um estilo eclético, reunindo ao lado do romantismo, o barroco e o rococó. A matriz foi edificada em 1863 e idealizada pelo primeiro pároco da cidade, o acariense Thomaz Araújo. Os sobrados do Padre Modesto, a Capela de Nossa Senhora de Lurdes e as casa da Vila Dona Mariana completam o roteiro pela arquitetura do município.
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O Museu do Sertanejo é outro exemplo do acervo arquitetônico colonial acariense. O casarão guarda o estilo característico do segundo reinado, quando foi construído para ser o prédio da Cadeia e Intendência. Em estilo neoclássico, o Museu do Sertanejo preserva no seu interior verdadeiras relíquias, o que há de mais expressivo na cultura sertaneja nordestina, reunindo peças que contam a história das duas antigas fontes econômicas do município: a criação de gado e o cultivo do algodão.
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Dentro do casarão do Museu do Sertanejo também acontecem eventos culturais, como lançamento de obras literárias, exposições temporárias, o Auto de Natal, o pastoril, o coral infantil e oficinas educativas. O espaço interno foi cuidadosamente reformado para passar ao visitante a impressão de estar participando do dia-a-dia do sertanejo nordestino. A Igreja do Rosário, a Matriz de Nossa Senhora da Guia e o Museu do Sertanejo foram tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1964.

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