10 de outubro de 2008

Edi Lima,o comunicador da Serra de Santana

Fotos: AG Sued
Textos: Alexandro Gurgel

Liga-se o rádio e dele sai àquela voz que fala do tempo, do mundo, de alegria, de tristeza; que ri, emociona, conta anedotas e fala sério... Em outro lugar, longe ou perto, numa pequena sala, entre quatro paredes está o homem que emana aquele som, por vezes de mistério: o dono da voz.

Mas, e essa voz, de quem é? Quem é essa pessoa que fica o tempo todo falando aos nossos ouvidos, mesmo que distante fisicamente? O radialista Edi Lima faz sua voz ecoar por todo o vale central norte-riograndense, a partir de Santana do Matos, cidade encravada no coração do Rio Grande do Norte, a 230 km de Natal.

Edi Lima começou a soltar sua voz através de alto-falantes em praça pública, quando informava sobre as ações da prefeitura em uma espécie de “divulgadora”. Na época, uma maneira barata e eficiente que a prefeitura encontrou para se comunicar com seus funcionários e cidadãos santanenses.

Tudo começou em 1997, quando Edi Lima fez concurso para o serviço público municipal para o cargo de ASG (Auxiliar de Serviços Gerais), sendo convocado a trabalhar no “trator do lixo”, recolhendo os resíduos da cidade. “Eu estava recém-casado, desempregado e aceitei o emprego. Sempre tive disposição para trabalhar e aquela era uma boa oportunidade para ganhar um salário digno”, ressalta.

Ele não passou muito tempo nessa função. Dois meses depois, vendo seu jeito comunicativo, bom falante e desenrolado, o prefeito João Lopes o convidou para ocupar o lugar de uma funcionária que estava saindo da “difusora”. Edi lima abraçou aquela oportunidade com tanta competência que foi convidado por Luiz Macedo, um dos diretores da Rádio Comunitária Timbaúba FM, para fazer um programa de rádio.

Edi Lima iniciou seu programa “Noite Total” ocupando um horário que ninguém queria porque era o horário nobre da televisão, das 18h às 23h. Mesmo assim, sem um “ajudante de mesa” para passar o som enquanto sua voz passeava pelas ondas do rádio, ele tocou seu programa como voluntário na Rádio Comunitária. “Eu ficava sozinho fazendo o programa e depois fechava a Rádio”, disse.

Em sua companhia, a cadeira, a mesa, o microfone e a luz vermelha avisando que é hora de falar. Do lado de fora daquela sala-estúdio, ficaram os problemas particulares. Um sorriso solitário faz explodir pelas cordas vocais um sonoro e alegre “alô!”. O radialista Edi Lima entra na noite com uma vasta programação de músicas, informes, recados e levando acalentos para a alma através do rádio, da sua voz.

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