Receita Poética
Pegue uma dose de metáfora
Junte duas colheres de letrinhas
Adicione meio grama de rimas
Encontre um pedaço de alegoria
Use assonância até chegar ao ponto
Sirva o poema bem gelado
Para acompanhar a sextilha
Encontre frases usadas
Faça um caldo de assimetria
Mexa até virar um soneto
Tempere com loas parnasianas
Coma os versos de uma só vez
Relaxe ao som de pontos e virgulas
Navegue em baladas de antítese
Perceba a musicalidade em texto
Deixe que o vernáculo dance solto
Escute os gemidos dos signos
Aumente o volume da função poética
Espere a palavra vir excitada
Apalpe vagarosamente cada estrofe
Use o código da língua nas entranhas
Friccione com desejo a lírica moderna
Introduza páginas nas volúpias métricas
Goze como um poeta na metalinguagem
Um comentário:
Boa, Alexandro. Que poeta mais porreta!
Venho de um blog do Globo Onliners onde há a indicação deste. Muito bom, mesmo.
Postar um comentário