22 de setembro de 2009

Informes Literários

MinC e FGV avaliam bibliotecas públicas municipais
O Programa Mais Cultura irá avaliar as condições das bibliotecas públicas municipais brasileiras. O levantamento será feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), cujos técnicos iniciaram os trabalhos de campo no último 8 de setembro e a previsão é que os resultados sejam apresentados em dezembro. O site do MinC informa que "serão realizadas visitas in loco para avaliar as condições das bibliotecas no que diz respeito ao seu funcionamento, incluindo: acervo, recursos humanos, condições físicas, infraestrutura, equipamentos, formação de pessoal, entre outros, segundo normas de funcionamento e condições de instalações reconhecidas internacionalmente e fornecidas pelo Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas da Fundação Biblioteca Nacional".

Portugal ainda não tem data para implantação da Nova Ortografia
As mudanças estabelecidas pelo Novo Acordo Ortográfico ainda não entraram em vigor na Península Ibérica, mas foram adiadas para o próximo governo. Enquanto isso, as editoras responsáveis pela produção do material didático luso reclamam da falta de informações e posicionamento do governo. "O Acordo Ortográfico não está introduzido na edição escolar porque isso depende de diretivas do Ministério da Educação (ME) e não há neste momento qualquer plano do ME para introduzir o acordo ortográfico no ensino em Portugal", esclarece representante da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).

FNDE na Bienal do Rio
Durante a 14ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação estará apresentando as obras dos programas nacionais do livro didático para a educação básica, livros didáticos em braile e para a educação de jovens e adultos. O estande do FNDE também abrigará escritores consagrados e o Fórum do Professor, com palestras e debates todos os dias.

Dicas de Leitura

O Guarani, de José de Alencar
"De um dos cabeços da Serra dos Órgãos desliza um fio de água que se dirige para o norte, e engrossado com os mananciais que recebe no seu curso de dez léguas, torna-se rio caudal.É o Paquequer: saltando de cascata em cascata, enroscando-se como uma serpente, vai depois se espreguiçar na várzea e embeber no Paraíba, que rola majestosamente em seu vasto leito.Dir-se-ia que, vassalo e tributário desse rei das águas, o pequeno rio, altivo e sobranceiro contra os rochedos, curva-se humildemente aos pés do suserano. Perde então a beleza selvática; suas ondas são calmas e serenas como as de um lago, e não se revoltam contra os barcos e as canoas que resvalam sobre elas: escravo submisso, sofre o látego do senhor."

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Outras Poesias, de Augusto dos Anjos
"Triste, a escutar, pancada por pancada,
A sucessividade dos segundos,
Ouço, em sons subterrâneos, do Orbe oriundos,
O choro da Energia abandonada!
É a dor da Força desaproveitada,
-- O cantochão dos dínamos profundos,
Que, podendo mover milhões de mundos,
Jazem ainda na estática do Nada!
É o soluço da forma ainda imprecisa...
Da transcendência que se não realiza...
Da luz que não chegou a ser lampejo...
E é, em suma, o subconsciente ai formidando
Da Natureza que parou, chorando,
No rudimentarismo do Desejo!"

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