Remanescente
Sou como antigos poetas natalenses
Ao ver o luar por sobre as dunas...
Onde estão as falanges desses mortos?
E as cordas dos violões que eles vibraram?
— Passaram...
E a lua deles ainda resplandece
Por sobre a terra que os tragou
E a terra ficou
E eles passaram!
E as namoradas deles?
E as namoradas?
São espectros de sonhos...
Foram braços roliços que passaram!
Foram olhos fatais que se fecharam!
Ah! Eu sou a remanescença dos poetas
Que morreram cantando...
Que morreram lutando...
Talvez na guerra contra o Paraguay!
Um comentário:
A lua de Jorge é menos redonda que a dos passadistas! Vai no ritmo que bombeia os corações!
Lindo poema!
Beijos...
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