Canhoteiro
para meu irmão Jairo, torcedor do São Paulo,
e admirador de Canhoteiro
Em um primeiro tempo ele driblou
Coroatá, uma trave e o campo ausente.
Driblou o Maranhão, berço insolente,
de revolto lençol, que o atirou
num minifúndio de inocência e grama.
Belzebu, seu grão mestre, o adestrou
no azucrinado ritmo de um tambor
de mina. E maestro o fez do próprio drama.
Tirou o time. Em São Paulo um templo
erigiu o farsante ao seu não-senso.
Fazia coisas do Tinhoso. (Exemplo:
driblava nos limites de um lenço).
Driblou seu obscuro nome e a glória,
ignorou o mercado, as leis, a história.
3 comentários:
Um bom poema de JM,
sem dúvida.
Vale a pena divulgá-lo.
Abraços.
oi alex,
que massa ver um poema do jarbas aqui :)
bem, como paulista e torcedora dos brasileiros... hanran (engasga gato), respeito demais a trajetória do spfc, pero...
VIVA A MACACA!
rsrsrs...
Ainda há pouco, tive o prazer de conhecer o Prof. Jarbas Martins no Centro de Convivência da UFRN. Me contou do seu poema e, pela primeira impressão que tive da conversa, estava com altas expectativas. Não me arrependi! Grande poema em homenagem a um herói pouco conhecido.
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